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Dinheiro & Comportamento

Deseja ser próspero? Então case e seja fiel: Por que relacionamentos estáveis são o investimento mais rentável da sua vida

Geison Nascimento
Escrito por Geison Nascimento em 21 de julho de 2025
Deseja ser próspero? Então case e seja fiel: Por que relacionamentos estáveis são o investimento mais rentável da sua vida
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O segredo financeiro que ninguém te contou está na sua mesa de jantar

Você já parou para pensar que a decisão mais importante da sua vida financeira talvez não tenha nada a ver com ações, fundos imobiliários ou criptomoedas? Uma pesquisa da Universidade de Harvard, que acompanhou mais de 80 mil pessoas durante quase um século, chegou a uma conclusão surpreendente: relacionamentos sólidos e duradouros são o principal preditor não apenas de felicidade, mas também de prosperidade financeira.

Parece estranho? Pois é exatamente sobre isso que precisamos conversar.

Com mais de 15 anos no mercado financeiro, já vi muitas histórias. Pessoas que ganhavam fortunas e perderam tudo, outras que com salários modestos construíram patrimônios sólidos. E sabe qual era a diferença mais marcante entre elas? A estabilidade dos seus relacionamentos pessoais.

A matemática escondida por trás do “até que a morte nos separe”

Os números não mentem sobre casamento e riqueza

Um estudo publicado pelo Journal of Financial Planning em 2023 mostrou que casais que permanecem casados por mais de 20 anos acumulam, em média, 77% mais patrimônio do que pessoas solteiras ou divorciadas da mesma faixa etária. Não estamos falando de uma diferença pequena – é uma vantagem que pode representar centenas de milhares de reais ao longo da vida.

Mas por que isso acontece?

A resposta está na economia comportamental. Daniel Kahneman, ganhador do Nobel de Economia, sempre falou sobre como nossas emoções afetam decisões financeiras. Quando você tem um relacionamento estável, várias mudanças importantes acontecem no seu comportamento com dinheiro:

Primeiro: Você passa a pensar no longo prazo. Solteiros tendem a gastar mais no presente – saídas, viagens, experiências imediatas. Casais estáveis naturalmente começam a planejar: a casa própria, a aposentadoria, os filhos, o futuro conjunto.

Segundo: Existe uma pressão social positiva. Ninguém quer decepcionar o parceiro. Essa “prestação de contas” natural reduz gastos impulsivos e decisões financeiras ruins.

Terceiro: Economia de escala. Duas pessoas vivendo juntas gastam muito menos per capita do que duas pessoas vivendo separadas. Conta de luz, aluguel, supermercado, Netflix – tudo é dividido.

O custo real da infidelidade e instabilidade

Agora vamos falar sobre o elefante na sala: a infidelidade e sua relação com o dinheiro.

Um estudo da American Academy of Matrimonial Lawyers revelou que o custo médio de um divórcio nos Estados Unidos gira em torno de 15 mil dólares por pessoa. No Brasil, embora os valores sejam menores, o impacto proporcional é devastador. Mas o verdadeiro prejuízo vai muito além das custas judiciais.

Quando um relacionamento se desfaz por infidelidade, geralmente há um período de descontrole emocional que se reflete nas finanças. Compras por impulso para “compensar a dor”, mudanças de estilo de vida, despesas com advogados, divisão de patrimônio, pensão alimentícia – é uma verdadeira sangria financeira.

Acompanhei casos de executivos que levaram décadas para se recuperar financeiramente de um divórcio conturbado. Não por causa dos valores envolvidos, mas pelo impacto emocional que afetou sua capacidade de tomar decisões racionais com dinheiro.

A neurociência do amor e do dinheiro

Como relacionamentos estáveis reprogramam seu cérebro financeiro

Aqui entra uma parte fascinante da neurociência. Pesquisas recentes mostram que pessoas em relacionamentos estáveis e felizes têm níveis mais baixos de cortisol (hormônio do estresse) e níveis mais altos de ocitocina (hormônio do vínculo).

O que isso tem a ver com dinheiro? Tudo.

O cortisol alto prejudica nossa capacidade de tomar decisões racionais. É por isso que em momentos de crise no relacionamento – brigas constantes, desconfiança, traições – as pessoas tendem a fazer escolhas financeiras terríveis. Compram coisas desnecessárias, fazem investimentos arriscados, gastam para “provar algo” ao parceiro.

Por outro lado, a ocitocina não só nos faz sentir bem, como também melhora nossa capacidade de planejamento a longo prazo. Casais que se sentem seguros emocionalmente conseguem visualizar melhor o futuro e fazer os sacrifícios necessários no presente para construir algo sólido.

Os pilares práticos da prosperidade conjugal

1. Transparência financeira total

Relacionamentos prósperos financeiramente têm uma característica em comum: total transparência sobre dinheiro. Não estou falando apenas de contar quanto você ganha, mas de dividir sonhos, medos, objetivos e até mesmo as vergonhas financeiras.

Um casal que conheci há alguns anos chegou até mim com dívidas de mais de R$ 180 mil. Ela não sabia que ele tinha empréstimos no nome dele, ele não sabia que ela usava o cartão de crédito para pagar contas básicas. Quando finalmente se sentaram para conversar – realmente conversar – sobre dinheiro, descobriram que tinham muito mais recursos do que imaginavam. Em dois anos, quitaram todas as dívidas e ainda compraram a casa própria.

A transparência cria confiança, e confiança reduz custos. Casais que confiam um no outro não precisam de contas separadas, seguros desnecessários ou “reservas secretas”. Todo o dinheiro trabalha junto para o mesmo objetivo.

2. Metas compartilhadas e sacrifícios conscientes

Rich Dad Poor Dad, do Robert Kiyosaki, tem uma frase que sempre cito: “O maior risco é não correr nenhum risco.” Mas existe um risco ainda maior: correr riscos sozinho quando você deveria estar correndo em dupla.

Casais prósperos não só sonham juntos, como também se sacrificam juntos. Eles entendem que abrir mão de algumas coisas hoje significa ter muito mais amanhã. E quando esse sacrifício é compartilhado, fica mais fácil e até prazeroso.

3. Divisão inteligente de responsabilidades

Aqui vai uma dica prática que pode mudar sua vida financeira: descubram quem é melhor em quê e dividam as responsabilidades de acordo com os talentos, não com o gênero.

Se ela é mais organizada, deixe-a cuidar do orçamento mensal. Se ele tem mais paciência para pesquisar, deixe-o cuidar dos investimentos. Se ela entende mais de negociação, deixe-a renegociar as contas. O importante é que ambos saibam o que está acontecendo, mas não precisem fazer tudo duplicado.

A fidelidade como estratégia de investimento

Por que a monogamia é financeiramente inteligente

Pode soar moralista, mas vou falar sobre a fidelidade de uma perspectiva puramente financeira. Relacionamentos extraconjugais são caríssimos.

Não estou falando apenas dos custos óbvios – presentes, hotéis, jantares, viagens. O verdadeiro custo está na energia mental desperdiçada, no estresse constante de manter segredos, na qualidade das decisões que você toma quando está emocionalmente dividido.

Um estudo da Universidade de Chicago acompanhou casais por 15 anos e descobriu que aqueles onde houve infidelidade tiveram uma redução média de 34% no patrimônio líquido comparado aos casais que permaneceram fiéis. O motivo? Instabilidade emocional leva a instabilidade financeira.

Além disso, a fidelidade gera algo que os economistas chamam de “capital social”. Casais conhecidos por serem estáveis e confiáveis têm mais facilidade para conseguir empréstimos, sociedades, oportunidades de negócios. Sua reputação pessoal se torna um ativo financeiro.

Relacionamentos como proteção contra riscos financeiros

A rede de segurança que você não calculou

Uma das coisas que mais me impressiona na consultoria financeira é como pessoas em relacionamentos estáveis se recuperam mais rápido de crises financeiras. Perda de emprego, doença, negócios que dão errado – casais unidos atravessam essas tempestades com muito mais facilidade.

Existe um apoio emocional que se traduz em clareza mental para tomar decisões. Existe a possibilidade de um sustentar o outro temporariamente. Existe a criatividade que surge quando duas cabeças pensam juntas para resolver problemas.

Durante a pandemia, acompanhei várias situações. Casais estáveis conseguiram se reinventar, encontrar novas fontes de renda, cortar gastos de forma inteligente. Pessoas solteiras ou em relacionamentos instáveis sofreram muito mais impacto financeiro.

O paradoxo da escolha no amor e no dinheiro

Barry Schwartz, em “O Paradoxo da Escolha”, explica como ter muitas opções pode nos paralisar e tornar nossas decisões piores. Isso se aplica tanto a investimentos quanto a relacionamentos.

Quando você está constantemente “testando o mercado” – seja amoroso ou financeiro – gasta tempo e energia que poderia estar investindo em fazer suas escolhas atuais prosperarem. A fidelidade, tanto emocional quanto financeira, permite que você se aprofunde, aprenda, ajuste e otimize seus resultados.

Casais que ficam décadas juntos desenvolvem uma sincronização financeira impressionante. Eles sabem quando o outro vai gastar, conseguem prever reações, tomam decisões complementares sem nem precisar conversar. Essa eficiência tem valor econômico real.

Construindo riqueza a dois: estratégias práticas

1. O ritual da conversa financeira mensal

Estabeleçam um momento sagrado todo mês para conversar sobre dinheiro. Não durante uma briga, não quando alguém está estressado. Um momento planejado, tranquilo, onde vocês vão:

  • Revisar os gastos do mês
  • Comemorar as conquistas (por menores que sejam)
  • Ajustar o que não funcionou
  • Sonhar com os próximos passos

2. A regra dos três potes

Dividam a renda familiar em três potes mentais:

  • Necessidades (50-60%): casa, comida, transporte, saúde
  • Objetivos (20-30%): casa própria, aposentadoria, viagem dos sonhos
  • Liberdade (10-20%): aquela grana que cada um pode gastar como quiser, sem prestação de contas

Essa última parte é fundamental. Mesmo casais super unidos precisam de um espaço de autonomia financeira.

3. Invistam na educação financeira do casal

Leiam livros juntos, façam cursos, conversem com outros casais que admiran financeiramente. Transformem educação financeira em um hobby compartilhado, como outros casais fazem com viagens ou esportes.

A prosperidade que vai além dos números

Quando o dinheiro encontra o significado

A verdadeira prosperidade não é só ter muito dinheiro. É ter dinheiro suficiente para viver a vida que vocês sonharam juntos. É poder escolher trabalhos que fazem sentido. É ter tempo para estar presente nos momentos importantes. É dormir tranquilo sabendo que vocês estão construindo algo sólido.

Casais que entendem isso conseguem fazer escolhas financeiras melhores porque suas decisões não são baseadas em ego, status ou pressões externas. São baseadas em valores compartilhados e objetivos comuns.

Um convite à reflexão

Enquanto escrevo estas palavras, penso em todos os casais que conheci ao longo dos anos. Os que prosperaram tinham algo em common: eles entenderam que o amor e o dinheiro não são assuntos separados. Eles se influenciam, se potencializam ou se destroem mutuamente.

Se você está em um relacionamento, que tal começar hoje uma conversa diferente sobre dinheiro? Não sobre contas ou dívidas, mas sobre sonhos. O que vocês querem construir juntos nos próximos 10, 20, 30 anos?

Se você está solteiro, considere que talvez seja hora de parar de procurar alguém para “completar você” e começar a procurar alguém para “construir com você”. A diferença é sutil, mas financeiramente revolucionária.

A prosperidade verdadeira é uma jornada que se faz melhor acompanhado. E a fidelidade – emocional, financeira e pessoal – é o combustível que faz essa jornada durar uma vida inteira.


Se esse conteúdo fez sentido para você, me acompanhe no Instagram @ogeisonnascimento, onde compartilho reflexões práticas sobre dinheiro, comportamento e escolhas conscientes.

E se você quer dar o primeiro passo rumo à sua liberdade financeira, conheça o Projeto Bora Destravar as Finanças. É por lá que muita gente já começou a mudar de vida – e muitos casais descobriram como transformar seu relacionamento no maior investimento de suas vidas.

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